quinta-feira, 5 de março de 2009

O anjo do lar

Há dias em que só me apetece partir coisas e bater em alguém. Parece que misturei excesso de energia e irritação.
Acho que a tentativa de controle e a falta de liberdade me enervam especialmente. Irónico, não é? Já que sempre fui algo controlador em alguns aspectos... felizmente não em todos.
Às vezes leio alguns em blogues, alguns textos de pessoas que falam de uma maneira incompreensível e isso chateia-me. Acho que se reler este texto me vou chatear. Talvez até, apenas esteja a escreve-lo pelo prazer de carregar nos botões. Agora que penso, gosto muito de carregar em botões. Quanto mais depressa melhor.
Costumo jogar um jogo de trivial no IRC e já cheguei a conseguir ler a pergunta e responde-la em 2.1 segundos, claro que a resposta era muito curta, mas também já li e respondi em 3.4 segundos, respostas como "Françoise Hardy", "António Lobo Antunes" ou "John Frankenheimer". Há quem o faça um pouco mais rápido, mas não é nada mau.
É nesta altura que a seguinte imagem se adequa perfeitamente.































Esta pintura é de Max Ernst e chama-se, no original, L'Angel du foyer ou le triomphe du Surrealisme (1937).
Os Killers (banda britânica) dizem, numa das suas músicas, que "Agressively we all defend the role we play", ou seja, dizem que todos defendemos, agressivamente, o nosso papel, a nossa posição.
Talvez esteja aí parte da minha vontade de querer dar azo à minha energia.
Chateia-me a desconsideração, irrita-me profundamente quem julga que pode ser tão importante que a outra pessoa deva rodar à sua volta - e assim lhe corta as asas e corta a liberdade.

Nota importante - há pessoas que são tão importantes que devemos viver à sua roda, no entanto deve partir de nós essa vontade e não nos deve ser forçada.

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