quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Do carro ao barco, do escravo ao escravo


Não, não me esqueci que tinha ávidos leitores à minha espera. Não me esqueci de todos vocês que não passam sem aprender, rir, chorar, enfim, serem melhores pessoas comigo. Não tenho enriquecido este blog porque... bem não me tem apetecido. Para dizer a verdade, ainda hoje não me apetece e apenas estou a escrever porque já recebi dezenas de e-mails que pediam o meu regresso.

Todo este tempo deu para pensar em algumas coisas.

Porque é que ainda há gente que se dá ao trabalho de tirar a carta de condução? A gasolina está cara; qualquer dia acabam os combustíveis; morrem centenas de pessoas na estrada (e animais também) todos os anos; os carros servem para se fazer "car-jacking"... podia continuar a apontar defeitos indefinidamente.
Proponho que pensemos em conjunto.
Quando é que foram os anos mais gloriosos e afamados da História de Portugal? Quando é que fomos das nações mais importantes do mundo? Ora, a resposta é essa mesma que vocês pensam: séculos XV, XVI, XVII e XVIII. Basicamente de 1415 a 1755 tivemos na mó de cima (embora possa alguém dizer outras datas, este é para mim o período correcto).
Agora digam lá: O que é que este período teve de particular?
Pois bem, não tinhamos carros e andavamos todos de quê? De barquinho! De barquinho que é para aprendermos a estar quietos com as coisas de lançar gases poluentes para a atmosfera!
A minha proposta é: Acabe-se com os veículos a motor, automóveis ou motociclos, ciclomotores ou tratores, ligeiros e pesados, de passageiros e de mercadorias. Desalcatruavamos as estradas e faziamos, por aí, auto-caminhos de cabras, caminhos de cabras nacionais, itinerários complementares de cabras e por aí fora. Construíamos barcos e regressávamos aos nossos gloriosos tempos.
E para os críticos que dizem que esse período da nossa história ficou marcado pela escravatura, eu digo: Não haverá, hoje em dia ainda, escravatura?