domingo, 1 de maio de 2011

Futebol Nacional: atracção e renovação

Depois de muito tempo de ausência, hoje volto a escrever neste blog.
Hoje, 1 de Maio, Dia do Trabalhador e Dia da Mãe, gostaria de escrever algo breve sobre... futebol.

Num ano em que três equipas portuguesas chegaram às meias-finais da Europa League, estando praticamente assegurada uma "final portuguesa", muitos podem pensar que o futebol luso está de boa saúde.
Na realidade, a presente época futebolística teve alguns aspectos positivos - além da boa participação europeia.
Pessoalmente, gostei da boa temporada do Paços de Ferreira, da 1.ª volta da União de Leiria e de um ou outro jogador que se destacou.
No entanto, o tema que me leva a escrever este breve texto, prende-se com a capacidade de atracção e renovação do futebol português, nomeadamente da Liga Portuguesa.
Estando o futebol nacional densamente povoado por jogadores estrangeiros - a maioria de qualidade altamente duvidosa - pondo em causa o futuro e as oportunidades que deveriam ser oferecidas aos jovens jogadores portugueses, acredito que a Liga e a FPF deveriam tentar aplicar um conjunto de leis que reforçasse a presença de jogadores jovens nos plantéis da 1.ª Liga e que - também muito importante - ajudasse a conservar os bons (raros) jogadores estrangeiros que cá estão.
Actualmente, o que vemos no futebol português é:
- Grandes compram muitos sul-americanos (de qualidade razoável/boa);
- Equipas mais fracas procuram esse mesmo mercado para tentar equilibrar os plantéis;
- A procura de jogadores sul-americanos baseia-se num forte lobby de empresários gananciosos;
- A formação, claro, é posta de parte;
- Quando surge um bom jogador português, vindo dos escalões inferiores ou das camadas jovens, ou sai para um "grande" ou para o estrangeiro;
- Os raros jogadores estrangeiros de qualidade que estão nas equipas mais pequenas acabam (quase) sempre por sair para campeonatos verdadeiramente inferiores ao português - principalmente a Liga do Cipriota e a Liga Romena.

Por isso é com preocupação que vejo que além de termos pouca preocupação em formar e potenciar os jovens talentos portugueses, ainda vemos os clubes pequenos não terem força para segurar os bons estrangeiros que conseguem contratar.*


* - Hoje, no jornal Record há uma notícia sobre a possível saída de Weldon, Sougou, Renan, etc., para o Cluj (Roménia)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A abrir: as melhores sitcoms da TV


Há uns tempos, determinado sujeito, convidou-me a escrever neste blogue.
Fiquei curiosa quanto ao motivo do convite. Pensei: "será que devo exibir a minha extraordinária personalidade ou devo escrever como se fosse uma verdadeira artista da escrita on-line, apresentando pontos de vista estupidamente corriqueiros, que fizessem referência à minha vida normal, num mundo normal, pontuado por pequenas anormalidades?"

Decidi escrever sobre vários assuntos.

Primeiro assunto: televisão.

Séries (tipo sitcom) que vi recentemente, pontuadas de 0 a 20:




1- Two and a half men: Não é má, mas é repetitiva. Não sei como não se fartam da mesma coisa sempre, sempre, sempre. Já percebemos que o Charlie Sheen bebe muito, gosta de mulheres (principalmente strippers e prostitutas) e que, embora não dê nas vistas, gosta da sua família.
Ao fim ao cabo as personagens são muito monótonas e ao longo das séries não se desenvolveram muito.
Personagem a ver: Jon Cryer (Allan Harper, o irmão de Charlie Sheen).
Nota: 13 valores.

2 - How I met your mother: Série bastante interessante. Embora não fuja ao principio do grupo de amigos no café, apresenta algo especial, algo diferente - é contada a partir de um ponto no futuro.
É muito cativante na perspectiva de descobrirmos como é que Ted Mosby (a personagem principal) conheceu a mãe dos seus filhos. Por outro lado, do ponto de vista cómico, a personagem desempenhada por Neil Patrick Harris, embora tenha, na sua génese, uma série de clichets, é muito engraçada e comicamente mulherenga. No geral, podemos dizer que é uma excelente série, sendo que abriu novas portas para a habitual série sobre amigos.
Personagem a ver: Neil Patrick Harris (Barney Stinson).
Nota: 16,5 valores.

3 - Curb Your Enthusiasm: Muito poderia ser escrito sobre esta genialidade de Larry David (co-criador de Seinfeld), mas tudo isso seria pouco. É ver para crer - mesmo ao gosto de São Tomé.
A série segue a vida de Larry David, em Los Angeles, depois do sucesso de Seinfeld. Estranho, obsessivo, azarado, incompreendido, tudo seriam adjectivos que poderiam descrever Larry. Há alturas em que pensamos "que burro!" ou "porque é que não ficou calado?", mas todas as confusões e o desconforto cómico que cria, enriquecem, ainda mais, a vida da série.
Como ponto alto, temos a última temporada, em que Larry tentou levar à tela da tv, um episódio especial de Seinfeld e que conta com todo o elenco do mítico show. Mais do que uma série, Curb Your Enthusiasm criou, nesta temporada, uma série dentro de uma série, possibilitando a reunião, a verdadeira reunião, de todo o elenco de Seinfeld.
Personagem a ver: Larry David
Nota: 18 valores

4 - 30 Rock: Se esta série não existisse, a TV ficaria muito mais pobre.
30 Rock tem como base o dia-a-dia das pessoas que estão por detrás do programa fictício "TGS with Tracy Jordan", na NBC. A personagem principal é Liz Lemon (interpretada por Tina Fey), que é uma espécie de produtora da série.
Entre uma série de "avarias" mentais e grandes problemas que na realidade não passam de "nadas", o elenco desta série pode sempre contar com a complacência do seu Adminstrador - interpretado por Alec Baldwin.
A grande graça (aka piada) está, não só nas histórias, mas nas personagens que compõem a série.
No entanto, nem tudo é perfeito e a personagem Liz Lemon vive num mundo de incertezas e desconfianças pessoais que evoluem pouco e, a certa altura, são algo previsíveis. Mas nada de grave.
Personagem a ver: Tracy Jordan (interpretado por Tracy Morgan)
Nota: 17 valores

5 - The Community: Tenho de admitir que esta série me surpreendeu. Tudo começa quando um advogado vê a sua licença de trabalho revogada, por ter falsificado a sua formação académica. Para voltar a exercer é obrigado a tirar um curso universitário. Qual a melhor forma de o fazer? Numa Universidade Comunitária.
Nesta escola conhece um grupo de pessoas que inicialmente forma um grupo de estudo de espanhol e que mais tarde se torna num grupo de amigos (que bonito). Enfim...
Em parte, a série vive do espírito heterogéneo do grupo e acaba por beneficiar da presença do "recuperado Chevy Chase.
Aconselho a todos menos aos meus inimigos.
Personagem a ver: Pierce (interpretado por Chevy Chase)
Nota: 17 valores

6 - It's Always Sunny in Philadelphia: É difícil escrever algo sobre esta série. Vou tentar simplificar.
Base: Grupo de amigos que tem um bar em Filadélfia (EUA).
Personagens:
Mac - um rapaz que julga ter capacidades físicas que não tem e que nutre um particular fascínio por t-shirts sem mangas;
Dennis - narcisista, egoísta;
Charlie - não se sabe bem se sabe ler e escrever, passa o tempo a matar ratos e limpar as casas de banho do bar, julga que sabe de leis como um advogado, partilha a cama com outro homem e não é homossexual, tem uma "panca" por uma mulher e "escreveu" um musical;
Dee - Irmã de Dennis, trabalha no bar, humilhada e ignorada pelo grupo, é frequentemente chamada de "pássaro";
Frank - interpretado por Danny deVito divide a cama com Charlie e aproveita todo o tempo para beber e inventar esquemas parvos.
Outras coisas: criou um fantástico universo de personagens, as histórias são brilhantes, é fresco e diferente, é genial e melhor não há.
Personagem a ver: Charlie Kelly (interpretado Charlie Day) - embora as outras personagens sejam muito boas, Charlie é personagem mais cómica da tv na actualidade
Nota: 20 valores